Resolvendo repassar o ano que passou escorrendo feito água os seus dias.
não deu certo escrever. Não consegui resumir os meus quase 365 dias assim. Exigente como sou, aflita como sou, não passava do segundo parágrafo, não está bom, não está bom, que vazio!
É por isso que vou dizer, resumidamente, mas sem desmerecer a vastidão desses tantos dias e meses que passaram - digo de novo - tão rápido para mim.
Cheio, foi o meu ano. Um presentão. Mas um "cheio" que acolhe tanto: mudanças, novidades, descontroles, exigências, amizades, amores, enfim paro por aqui, para não parecerem apenas palavras vazias.
Foram pessoas incríveis que conheci. Amigos que não largo nunca mais. E os "velhos" amigos, maiores os laços, mesmo com toda a distância. E pessoas também que simplesmente passaram pela minha vida ao longo desse ano, que talvez nem imaginam o que se tornaram para mim. E foram também amores, desamores, chorei, aprendi. Mas, teimosa que sou, não desisto de amar a meu modo. Ao amor, nada se tem que ensinar, o que me basta é vivê-lo.
E foram mudanças que não pararam mais. Mudou-se a casa, a rotina, a paisagem. Pegar estrada se tornou constante. Para ver a família, os amigos. A nova família. Maior, queridos, felizes.
E passei o ano assim. Talvez o meu texto curto não lhes diga nada, mas para mim foi precioso relembrar tanto. Vejo, que menina boba, atropelei tanta coisa, com meu jeito tão exigente comigo mesma... procurando, desde que me dei conta dos dois, equilibrar corpo e mente, mas sempre me perdendo ali no meio, não sei porquê, o que me impede. Desperdicei muito nesse ano... me vejo tanto em contradição, querendo sempre estar ali, viver e sentir tudo, mas ao mesmo tempo deixo passar tanto, tanto...
Só tenho a agradecer por tudo em 2009. Mas estou ansiosa para fazer mais em 2010, que seja pelos outros, por mim. E é por isso que gosto tanto do Ano Novo. É, para mim, uma chance de renovar-se, repensar-se. Quase vinte 'reveillons' depois, fico sabendo por acaso que "Reveillon", em francês, significa "acordemos". Para mim, não poderia ser uma tradução mais justa e bela.
sábado, 26 de dezembro de 2009
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Esses dias lendo Roberto Freire
"Na vida você tem de aparentar muita incoerência pra poder viver todos os seus lados.(...)
E assim vivo muitas experiências, amo de mil maneiras mil pessoas, e sigo o que a Natureza me impõe. Sem entrar em um modelo, obedecer a padrões. Estou vivendo meus impulsos, minhas funções vitais que às vezes coincidem com as gerais e institucionalizadas, com as que foram classificadas; outras vezes, a maior parte das vezes, não, pareço maluco..." Roberto Freire
E assim vivo muitas experiências, amo de mil maneiras mil pessoas, e sigo o que a Natureza me impõe. Sem entrar em um modelo, obedecer a padrões. Estou vivendo meus impulsos, minhas funções vitais que às vezes coincidem com as gerais e institucionalizadas, com as que foram classificadas; outras vezes, a maior parte das vezes, não, pareço maluco..." Roberto Freire
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
"Mas que perder seja o melhor destino"
Hoje viajei sozinha para campinas. Gosto de dirigir, a música alta, fui cantando... sentir o vento batendo no rosto. Sentir-se passarinho, foi o que eu disse na primeira vez que andei de moto. Assim, que nem quando a gente anda de bicicleta, descendo o morro. Leve, livre.
E aquela estrada, reta. Todo final de semana. Passa caminhão, cuidado com o radar, para na fila do pedágio. Pisquei os olhos umas duas vezes e, quando abri, tudo já estava com outras cores. Não vi mais os caminhões, a estrada reta, não me irritei com os apressados piscando farol. Percebi as árvores, os morros. Todo final de semana... é tão verde, e eu nunca percebi. Tão diferente, e para mim sempre foi igual.
E foi assim que eu cheguei em casa, com esses olhos desacostumados, que às vezes coloco em mim mesma para enxergar a vida. Queria usá-los mais. A vida se renova e tudo parece mais bonito. O sofá da sala, a casa da esquina. Alguns detalhes que eu esqueço de reparar, mas sempre soube estarem ali.
Lembro sempre de um dia, na aula de desenho. A professora, "Vamos, desenhe uma árvore assim, de memória". Tá legal. Uso verde e marrom? Mas também tem laranja, e amarelo e preto, talvez vermelho... e a textura das folhas, e os galhos, retorcidos? e são tantas ramificações! "Professora, me desculpe. Não sei desenhar uma árvore".
Por mais que eu saiba desses meus olhos viciados, não consigo usar sempre meus olhos novos. No dia-a-dia, esqueço, talvez. Ou então me acomodo com as imagens já 'gravadas', já acostumadas. Me acomodo com a superfície das coisas. Com os contornos. E deixo assim estar, sem me ater às costuras, às profundidades, às texturas e tudo o mais de belo, feio, estranho, exótico, enfim, que as coisas dessa vida têm.
E aquela estrada, reta. Todo final de semana. Passa caminhão, cuidado com o radar, para na fila do pedágio. Pisquei os olhos umas duas vezes e, quando abri, tudo já estava com outras cores. Não vi mais os caminhões, a estrada reta, não me irritei com os apressados piscando farol. Percebi as árvores, os morros. Todo final de semana... é tão verde, e eu nunca percebi. Tão diferente, e para mim sempre foi igual.
E foi assim que eu cheguei em casa, com esses olhos desacostumados, que às vezes coloco em mim mesma para enxergar a vida. Queria usá-los mais. A vida se renova e tudo parece mais bonito. O sofá da sala, a casa da esquina. Alguns detalhes que eu esqueço de reparar, mas sempre soube estarem ali.
Lembro sempre de um dia, na aula de desenho. A professora, "Vamos, desenhe uma árvore assim, de memória". Tá legal. Uso verde e marrom? Mas também tem laranja, e amarelo e preto, talvez vermelho... e a textura das folhas, e os galhos, retorcidos? e são tantas ramificações! "Professora, me desculpe. Não sei desenhar uma árvore".
Por mais que eu saiba desses meus olhos viciados, não consigo usar sempre meus olhos novos. No dia-a-dia, esqueço, talvez. Ou então me acomodo com as imagens já 'gravadas', já acostumadas. Me acomodo com a superfície das coisas. Com os contornos. E deixo assim estar, sem me ater às costuras, às profundidades, às texturas e tudo o mais de belo, feio, estranho, exótico, enfim, que as coisas dessa vida têm.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Olhou para o chão limpo, e ficou se perguntando
Para onde vão os bichinhos das noites de calor?
Tem uma hora que eles se cansam de girar ao redor da luz, e saem por onde entraram?
Eles caem no chão, e viram pedacinhos pequeninos que não conseguimos enxergar?
Vão de janela em janela procurando alguma luz para achar, enfim, a luz do sol?
E na noite seguinte, lá vem eles outra vez...
Tem uma hora que eles se cansam de girar ao redor da luz, e saem por onde entraram?
Eles caem no chão, e viram pedacinhos pequeninos que não conseguimos enxergar?
Vão de janela em janela procurando alguma luz para achar, enfim, a luz do sol?
E na noite seguinte, lá vem eles outra vez...
"It's been a long time, long time now since i've seen you smile"
Ir atrás de mais músicas.
Ir atrás de sua sombra.
Estar com
você estar aqui.
É isso que ela quer, por agora.
Ir atrás de sua sombra.
Estar com
você estar aqui.
É isso que ela quer, por agora.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
O amor numa xícara de café
Sentados um de frente para o outro, olhavam-se com sorrisos e saudades. "Nossa, você continua linda!", "E você, o mesmo conquistador..." ela responde, com seu jeito (sempre) tímido. Colocando açúcar no café, ela pergunta como vai a vida, o trabalho, o casamento. Ele engasga com o café amargo-nunca gostou de adoçar a bebida- "vai bem, está tudo ótimo." Ela finge que acredita, muda o assunto. "Nos conhecemos assim, tomando uma xícara de café. Você lembra?" "Lembro. Você estava com aquela saia azul, e eu derrubei café em você...um desastrado, nisso não mudei nada!” “É, mas ainda bem que você me convidou para tomar outro café com você... o nosso café durou horas!” “Podia jurar que tinha sido um jantar?!” “Não, foi só um cafezinho assim, de fim-de-tarde” “Que durou até a manhã do dia seguinte, lembro bem...” “Não seja assim tão indiscreto” “Não fica assim com vergonha...! ...quanto amor havia naquela xícara de café...” “Quanto amor...” “...” “E para onde ele foi...” “Para mim ele sempre esteve aqui... apenas... se dissolveu”.
domingo, 18 de outubro de 2009
Horário de verão
me deixa confusa.
Como posso estar em ontem e já ser uma hora a mais do dia seguinte?
Alguém comeu uma hora do meu dia.
Como posso estar em ontem e já ser uma hora a mais do dia seguinte?
Alguém comeu uma hora do meu dia.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
#3
A porta do elevador estava quase se fechando, chega o velhinho correndo "ôpa! peraí!". (Ah, que gracinha, adoro velhinhos...!). "Quer dizer então que hoje vai ter pizza em casa, ein?" diz ele olhando para o nosso carrinho. Sorrisinhos "aham, aham, é". "Hum. Cheio de colesterol isso daí, vocês sabem né. Um perigo essa pizza aí. Vocês comem, acham tudo bonitinho, uma delícia!, mas esse negócio só serve é pra entupir a artéria de vocês". "..." (velho chato).
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
passando roupa, passou o tempo. passa o botão da camisa do velho, o velho que vai se casar amanhã, com a senhora que encontrou na feira, comendo pastel de vento e tomando guaraná. a vida é curta, curta como a manga da camisa do velho, mas quem se importa, o amor não vê beleza, não vê idade. a senhora gosta da manga curta do velho, gosta e vai se casar. vai se casar de vestido rosa, guardado há muito, já tirou pra tomar ar, e o ar lá de fora está fresco, que bom, amanhã não chove. o velho está chamando, vá comprar as flores, a casa deve estar bonita para o meu amor.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
domingo, 4 de outubro de 2009
Por aí
#1
Estava lá o menino, de uns 4 ou 5 anos, olhando a rua, de pé em cima do peitoril da janela, entre a grade e o vidro fechado. Assim mesmo, nada confortável, mas aquelas coisas de criança. Passa um carro, que freia bruscamente estacionando em frente à casa. Desce a mulher. "Diiiing dong".... "Diing dong"... A janela abre, é a mãe do menino. "Ó menino, já disse pra deixar a janela aberta! O que foi, dona? (em direção à mulher que tocou a campainha)" "Ah, nada não, é que eu vi o menino na janela e pensei que ele estivesse perdido!", "Ah.. mas ele fica aqui mesmo...brigada!".
#2
"Conversavam na lanchonete. "Eu só não esperava isso de você... mas... tudo bem...." "Mas eu já falei que não é nada disso. Quantas vezes eu vou ter que falar?". Silêncio. Ela, contemplando a latinha de Coca. Ele, rodando a casquinha de pão em cima da mesa. "Plaft!" "Aii! (cara de interrogação)" "Tinha um mosquito no seu braço!". Ele levanta, lhe dá um beijinho na testa e pega a mochila, "tenho que ir, amor".
Estava lá o menino, de uns 4 ou 5 anos, olhando a rua, de pé em cima do peitoril da janela, entre a grade e o vidro fechado. Assim mesmo, nada confortável, mas aquelas coisas de criança. Passa um carro, que freia bruscamente estacionando em frente à casa. Desce a mulher. "Diiiing dong".... "Diing dong"... A janela abre, é a mãe do menino. "Ó menino, já disse pra deixar a janela aberta! O que foi, dona? (em direção à mulher que tocou a campainha)" "Ah, nada não, é que eu vi o menino na janela e pensei que ele estivesse perdido!", "Ah.. mas ele fica aqui mesmo...brigada!".
#2
"Conversavam na lanchonete. "Eu só não esperava isso de você... mas... tudo bem...." "Mas eu já falei que não é nada disso. Quantas vezes eu vou ter que falar?". Silêncio. Ela, contemplando a latinha de Coca. Ele, rodando a casquinha de pão em cima da mesa. "Plaft!" "Aii! (cara de interrogação)" "Tinha um mosquito no seu braço!". Ele levanta, lhe dá um beijinho na testa e pega a mochila, "tenho que ir, amor".
Bem leve
Assim está o domingo. De novo, maravilha! Nunca foi fã de domingos, mas os últimos têm passado assim, vivos e leves.
sábado, 19 de setembro de 2009
Na tesoura
Ela é cheia de manias.
Uma delas é que, quando corta o cabelo, pensa em renovar. Parece que tudo é cortado junto com seus cabelos, algumas partes aparadas, outras caem no chão mesmo, para serem varridas.
E é só.
Uma delas é que, quando corta o cabelo, pensa em renovar. Parece que tudo é cortado junto com seus cabelos, algumas partes aparadas, outras caem no chão mesmo, para serem varridas.
E é só.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Hoje lembrou de que se perdeu
Eu não sei quando, nem como, mas houve algum momento da minha vida em que eu me perdi de mim. Ou então, talvez eu já fosse perdida, o fato é que só me dei conta disso algum tempo atrás. E desde esse tempo até hoje, não encontrei mais do que vestigíos. Talvez tenha encontrado bastante algo que se parecia, que me lembrava apenas. E insistia - ainda insisto - nesse algo, tento parecer, mas sei que ainda não sou eu. O meu problema é justamente essa insistência. Tento aceitar esse "outro" mas acabo de certa forma me apagando e minha busca se torna cada vez mais distante. Isso quando não me perco ainda mais. Até que se dá o momento em que todo esse processo - inconsciente - vai tomando um peso gigantesco e, então, com toda essa forma e volume me ataca, cai em cima de mim como uma sacola pesada. E aí fico, entre carregar a sacola, largar no chão, abrir e escolher o que me resta, deixar de lado o que nunca me pertenceu. O que nunca me foi. E descobrir, então, o que dessa mistura é de fato eu. Se não há nada meu, retoma-se a busca, de novo inconsciente. E é meio nesse ciclo que eu me inseri, seja consciente ou não, de onde estou tentando sair com todas as forças (será mesmo?).
terça-feira, 15 de setembro de 2009
domingo, 13 de setembro de 2009
"Eu te vejo do jeito que você realmente é,
mas não me vejo do jeito como realmente sou." Foi o que um amigo me disse, enquanto tinhamos uma conversa-sem-fim. Ele se referia à imagem que vê no espelho, aquela que reflete o nosso contrário, o nosso lado oposto, invertido. Fiquei pensando... como posso ser tão íntima de mim mesma, como pode ser essa integração corpo-alma-mente, se nem ao menos me sei completamente? Se não me vejo, enfim, "do jeito que realmente sou?" ; como ele pode saber mais sobre mim, como eu posso saber mais sobre ele, se nós não sabemos de nós mesmos?
Isso tudo me dá um sentimento um pouco fora do comum. Parece criar um certo distanciamento comigo mesma, e me tomam sentimentos incansavelmente conflitantes. Afinal, já não sei quem sou e o que sou, na questão mais íntima do conflito. Agora, já não sei também como sou externamente. Meu amigo sabe, mas eu não. Só sei como sou ao contrário. Sei como o espelho me mostra.
Pode até parece fútil toda essa preocupação. Mas o que me intriga e, na verdade, também me assusta, são essas peculiaridades e sutilezas da vida que estão aí e a gente não vê, que adentram nos espelhos, que estão no ar e que nós só atropelamos com a rotina do nosso dia-a-dia.
Isso tudo me dá um sentimento um pouco fora do comum. Parece criar um certo distanciamento comigo mesma, e me tomam sentimentos incansavelmente conflitantes. Afinal, já não sei quem sou e o que sou, na questão mais íntima do conflito. Agora, já não sei também como sou externamente. Meu amigo sabe, mas eu não. Só sei como sou ao contrário. Sei como o espelho me mostra.
Pode até parece fútil toda essa preocupação. Mas o que me intriga e, na verdade, também me assusta, são essas peculiaridades e sutilezas da vida que estão aí e a gente não vê, que adentram nos espelhos, que estão no ar e que nós só atropelamos com a rotina do nosso dia-a-dia.
sábado, 12 de setembro de 2009
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Algumas coisas
Algmas csioas não fzem a mnor dfrença.
ela não quer mais se sentir uma letrinha faltando.
ela não quer mais se sentir uma letrinha faltando.
Será que é arquitetura mesmo?
Ai, que confusão de sentimentos.
De pensamentos.
Dá vontade de morder e tirar pedaço. Ah, dói? Que bom, você ainda sente então.
Não quero mais ser adepta do "penso, logo existo".
Anda me fazendo não muito bem...
De pensamentos.
Dá vontade de morder e tirar pedaço. Ah, dói? Que bom, você ainda sente então.
Não quero mais ser adepta do "penso, logo existo".
Anda me fazendo não muito bem...
Ela, ela, ela.
Não sei muito bem explicar o porquê. Não é muito definido o motivo de escrever na terceira pessoa, talvez porque não goste de reler o que escreve (esse é um motivo forte), além, é claro, da timidez que a acompanha desde sempre mas a qual vem tentando dominar através de seus escritos. Já escreveu em primeira pessoa, tentou sim. Mas releu... não dá certo. Pode até se achar (e acharem-na) um pouco irritante ao escrever assim, talvez mesmo infantil, ou sei lá. Mas o fato é, sente-se melhor assim. Pelo menos por enquanto. Até porque, em muito do que escreve mistura outras realidades, outros tempos... ela pode também ser outros, ser coisa. Se vê multifacetada assim. Mais liberta de si mesma. Afinal, o que ela mais busca ultimamente é conhecer a si própria, e esse talvez seja um meio de se olhar de longe, estando perto. Se ver de fora, estando dentro. Mas ela não está dentro!! Está tão fora de si! Literalmente. Então, acho que caí em contradição. Está vendo? São tantos os "pensares" que ela já nem dá mais conta deles. Eu nem me dou conta deles.. de mim.. sei lá.
domingo, 16 de agosto de 2009
Apaixonada.
Foi assim que ela voltou do show do Little Joy, em SP. Show muuuuito bom, música boa demais :)
terça-feira, 11 de agosto de 2009
domingo, 9 de agosto de 2009
"João amava Teresa
que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém." (Carlos Drummond de Andrade)
trocando os nomes... algumas coisas se encaixam.
trocando os nomes... algumas coisas se encaixam.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
quinta-feira, 16 de julho de 2009
domingo, 12 de julho de 2009
Prenez soin de vous - ou "cuide-se"
E aquele dia estava tão disposta a esquecer, que se fez leve como o ar.
Mas parece que, de tão leve, as coincidências lhe puxaram pelos pés e ela caiu de cara no chão. O que foi bom, ela pensou mais tarde, afinal para ela tudo tem de ser o mais vivido, mesmo a dor e o fim. E naquele momento o fim que ela procurava se fez tão presente e tangível que a tristeza que a tomou foi apenas parte de um sossego que chegou mais tarde. Foi um enfim... um ponto final para ela mesma.
Quanto ao título, é uma referência à artista plástica Sophie Calle e sua exposição no Sesc Pompéia, em SP.
Mas parece que, de tão leve, as coincidências lhe puxaram pelos pés e ela caiu de cara no chão. O que foi bom, ela pensou mais tarde, afinal para ela tudo tem de ser o mais vivido, mesmo a dor e o fim. E naquele momento o fim que ela procurava se fez tão presente e tangível que a tristeza que a tomou foi apenas parte de um sossego que chegou mais tarde. Foi um enfim... um ponto final para ela mesma.
Quanto ao título, é uma referência à artista plástica Sophie Calle e sua exposição no Sesc Pompéia, em SP.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
quarta-feira, 8 de julho de 2009
segunda-feira, 6 de julho de 2009
domingo, 5 de julho de 2009
sexta-feira, 3 de julho de 2009
sábado, 27 de junho de 2009
De repente uma chuva
E se todas as coisas estão realmente por aí, no ar....as respostas... se podemos nos conectar assim, tão "telepaticamente"...
...
explica?
...
será que eu estive no seu sonho? vc apareceu no meu. mas não era bem você, na verdade. no sonho a gente estava mais feliz.
...
explica?
...
será que eu estive no seu sonho? vc apareceu no meu. mas não era bem você, na verdade. no sonho a gente estava mais feliz.
Tirando o pó
Passou a flanela na mesa.
Olhando para o pano, pensou... somos poeirinha para o Universo também...do que nos orgulhamos tanto? porque tão diferentes afinal?
Olhando para o pano, pensou... somos poeirinha para o Universo também...do que nos orgulhamos tanto? porque tão diferentes afinal?
terça-feira, 16 de junho de 2009
Voltando da faculdade
ouviu uma rodinha de violão cantando Zé Ramalho. Isso a fez cantarolar diversas músicas do cantor na cabeça, mas também a fez pensar que talvez tenha começado a gostar de Zé Ramalho por causa de seu pai, que ouvia muito quando ela ainda era pequena. Também como ela começou a gostar de MPB por causa de sua mãe, ou a assistir um certo diretor de cinema por causa de um amigo, a comer carambola por causa de um amor... e assim se viu tomada por esses pedacinhos de tanta gente dentro dela só.
Como nos formamos e aprendemos por tantos e com tantos, por lembranças...absorvemos...
Ela acha que essa é uma das delícias de ser...
Como nos formamos e aprendemos por tantos e com tantos, por lembranças...absorvemos...
Ela acha que essa é uma das delícias de ser...
domingo, 14 de junho de 2009
Uma deixa rápida
"Qual a característica humana mais universal? O medo ou a preguiça?" ( do filme Waking Life)
Porque ela está com pressa.
De que, por que?
deixa tudo pra fazer na última hora, desorganiza-se. Perde-se na sua bagunça.
"Eu escrevo para nada e para ninguém. Se alguém me ler será por conta própria e auto risco." (Clarice Lispector - de um cartão que um amigo querido me deu)
Porque ela está com pressa.
De que, por que?
deixa tudo pra fazer na última hora, desorganiza-se. Perde-se na sua bagunça.
"Eu escrevo para nada e para ninguém. Se alguém me ler será por conta própria e auto risco." (Clarice Lispector - de um cartão que um amigo querido me deu)
domingo, 7 de junho de 2009
Abraço com eco
carinho vazio
mecânico, forçado
desejo sem paixão.
Não...
beijo de tchau
virou as costas e foi embora.
mecânico, forçado
desejo sem paixão.
Não...
beijo de tchau
virou as costas e foi embora.
O dia de domingo
Domingo passa assim, arrastado e mole, mole, mas quando vê já são sete horas da noite. Não fez nada, e era tanto! Sua vontade disse não, ela só obedeceu. Mas a culpa, a culpa, dor de cabeça. Ainda não descobriu porque se deixa tanto, pq às vezes é tão contra ela mesma... e se pergunta: como assim?
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Foi comer mixirica
e lembrou-se da casa da Vó.
O barulho da casca desgrudando dos gominhos, tirava os fiapos um por um, o cheiro inundando o quintal, o sol da manhã se estendendo com preguiça no chão da varanda e o barulho do cortador de grama ecoando pelo silêncio da manhã leve. A bacia cor de vinho, jogava as cascas por cima das outras mixiricas, a bacia cheia, vinho, laranja, verde-folha, as cores enchiam-lhe os olhos, a boca enchia de fruta. As sementes, jogava na terra da horta, regada agora há pouco, porque Vó acordara cedo para cuidar de suas verduras. Cheiro de terra molhada.
Cheiro de mixirica nas mãos.
O barulho da casca desgrudando dos gominhos, tirava os fiapos um por um, o cheiro inundando o quintal, o sol da manhã se estendendo com preguiça no chão da varanda e o barulho do cortador de grama ecoando pelo silêncio da manhã leve. A bacia cor de vinho, jogava as cascas por cima das outras mixiricas, a bacia cheia, vinho, laranja, verde-folha, as cores enchiam-lhe os olhos, a boca enchia de fruta. As sementes, jogava na terra da horta, regada agora há pouco, porque Vó acordara cedo para cuidar de suas verduras. Cheiro de terra molhada.
Cheiro de mixirica nas mãos.
terça-feira, 19 de maio de 2009
Tchau, trema...
-Menina, coloque a trema!
-Mas por que, professora?
-Ora! Por acaso você fala "linguiça"?
(alguns anos depois, Menina começa a redigir textos, afins e enfins. Não se sabe ao certo o motivo, mas ela -e alguns milhões de brasileiros- não mais usa a trema em "linguiça", apesar de sair por aí falando linguiça - ou seria lingüiça? lingúíça?... Mas... por que? Ora! Porque sim!)
-Mas por que, professora?
-Ora! Por acaso você fala "linguiça"?
(alguns anos depois, Menina começa a redigir textos, afins e enfins. Não se sabe ao certo o motivo, mas ela -e alguns milhões de brasileiros- não mais usa a trema em "linguiça", apesar de sair por aí falando linguiça - ou seria lingüiça? lingúíça?... Mas... por que? Ora! Porque sim!)
segunda-feira, 18 de maio de 2009
O professor (italiano) de cálculo
-Ma Laura, ha ido bene na primer proba, e na segunda, hace una buesta?
(Laura se queda a mirar lo professor, cómo que piensando se tenia escuchado dirêto)
(Laura se queda a mirar lo professor, cómo que piensando se tenia escuchado dirêto)
Inquietação
Tentou pesquisar lá no fundo o que sentia.
Por que agir de uma só maneira, há infinitas formas de se viver.
Mas ela teima, não se cansa. Cansa sim, de si mesma.
Acomoda-se?
Por que agir de uma só maneira, há infinitas formas de se viver.
Mas ela teima, não se cansa. Cansa sim, de si mesma.
Acomoda-se?
segunda-feira, 11 de maio de 2009
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Um repente,
a menina abriu a boca e disse "Mãe", bem baixinho. E foi como se aquela palavra estivesse ali guardada há tanto, saiu tão arrastada e presa, distante. Junto saíram-lhe as lágrimas, primeiro pouco a pouco, depois aos montes, ela não segurou, deixou que o choro viesse e tomasse conta de si. Chorou que nem a criança que era quando dizia mamãe e essas palavras saíam como vento de sua boca. E se perguntou porque deixara seus sentimentos tão afundados e escondidos nos seus cantos longínquos, uma saída talvez, uma defesa. O que resultou a ela uma memória descabida, tão protegida que nem ela mesma consegue acessar. E como ainda é difícil pra ela escrever e dizer sobre tanto, e assim ela vê e não entende como pode caber tanta timidez numa só pessoa.
E resta também a saudade...
E resta também a saudade...
quarta-feira, 29 de abril de 2009
sábado, 25 de abril de 2009
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Não sei
essa é uma expressão dela. queria ela ter certeza de tudo o que pensa e diz.
ela quer ser menos indecisa
e mais explícita
ela quer ser menos indecisa
e mais explícita
Florbela Espanca disse
"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!"
E me cabe tão bem às vezes...
E me cabe tão bem às vezes...
terça-feira, 14 de abril de 2009
pensamento sem pausa
Ela não tem paciência para esse mundo de consumos. e sabe que está inserida nele e sabe que usufrui dele não quer ser hipócrita. mas e esse consumo de pessoas, os relacionamentos prontos e padronizados ela não quer e tudo que se faz para os outros e nao para si próprio por causa da imagem e aquela história toda de viver, onde está. "sera que temos esse tempo prá perder", lenine acabou de lhe falar. e ela se perde porque ainda nao se achou e nao gosta de ficar nesses conflitos e de pensar que nao está aproveitando tudo, afinal da onde vem esse sentimento, tao incansável nela.
domingo, 12 de abril de 2009
Vicky Cristina Barcelona
ela continuava sua busca, sem saber o que quer, mas sabendo o que não quer...
sábado, 11 de abril de 2009
Um parênteses
Estava escrevendo um texto, e tive que digitar as palavras "bolinha de gude". E aí me veio essa dúvida: afinal, o que é gude?
Fiquei imaginando ser o nome do vidrinho com que são feitas, depois pensei que o jogo pode se chamar gude ("Com o que vc joga Gude? Com bolinhas de Gude, oras!")...
Mas enfim, recorri ao mano Google e digitei "gude é...", até que, enfim! achei que "gude" vem de "gode" (talvez do português), que se referia a "pequenas pedras arredondadas".
Tcharaaan!!!!
Fiquei imaginando ser o nome do vidrinho com que são feitas, depois pensei que o jogo pode se chamar gude ("Com o que vc joga Gude? Com bolinhas de Gude, oras!")...
Mas enfim, recorri ao mano Google e digitei "gude é...", até que, enfim! achei que "gude" vem de "gode" (talvez do português), que se referia a "pequenas pedras arredondadas".
Tcharaaan!!!!
segunda-feira, 6 de abril de 2009
(Escrevendo num teclado sem acentos)
E ela ficou pensando nos seres humanos como animais, e como fazemos tantas coisas contra nossos instintos naturais - e como, ao mesmo tempo, tantas vezes nos deparamos com açoes tao irracionais, tao instintivas, tao livres de social.
E porque criamos a sociedade.
E o que eh viver em comunidade.... E as relaçoes, tao cheias de regras, padroes impostos, atitudes limitadas. As mascaras, o falso.
Ela nao faz um critica negativa, apenas se perde em meio a tanto, tanta coisa.
E porque criamos a sociedade.
E o que eh viver em comunidade.... E as relaçoes, tao cheias de regras, padroes impostos, atitudes limitadas. As mascaras, o falso.
Ela nao faz um critica negativa, apenas se perde em meio a tanto, tanta coisa.
sábado, 4 de abril de 2009
Clave de Sol
Pra música tentou fechar os olhos e sentir... mas se deu conta que ouve muito mais com os olhos. E ia passando-os de instrumento a instrumento, e ouvia cada um a seu momento, com sua intensidade e timbre, ritmo e cor.
terça-feira, 31 de março de 2009
domingo, 29 de março de 2009
E de noite...
Gosta de olhar para dentro das janelas dos apartamentos e ver de relance como as pessoas organizam suas vidas. Como gostam de dispor os sofás, se preferem luz branca ou amarela, se penduram quadros ou têm penduricalhos nas janelas... é mais ou menos isso que consegue ver. E imagina o monte de vidas empilhadas, e que ela é também mais uma entre tantas, se vista por alguém que passa olhando simplesmente, de carro ou a pé.
E de noite, somos meras luzinhas...
E como ela gosta de ficar na varanda assistindo a essas luzinhas... piscando todas juntas ou estáticas e brilhantes se olhadas uma a uma. E pensa como é grande essa vida e quanta gente se tem para saber, e quantos lugares para se dar conta, quantas músicas diferentes para ouvir, e quanto e quanto que dá vontade de sair correndo pra viver tudo o mais que puder. Ela é impaciente.
E de noite, somos meras luzinhas...
E como ela gosta de ficar na varanda assistindo a essas luzinhas... piscando todas juntas ou estáticas e brilhantes se olhadas uma a uma. E pensa como é grande essa vida e quanta gente se tem para saber, e quantos lugares para se dar conta, quantas músicas diferentes para ouvir, e quanto e quanto que dá vontade de sair correndo pra viver tudo o mais que puder. Ela é impaciente.
segunda-feira, 23 de março de 2009
domingo, 22 de março de 2009
Que vontade
de eternizar aquele momento!
Muito bom ter a família naquela energia mais do que boa.
Ela os ama muito.
Muito bom ter a família naquela energia mais do que boa.
Ela os ama muito.
quarta-feira, 18 de março de 2009
domingo, 15 de março de 2009
Uma história
Ela entrou na loja e procurou o perfume. Esguichou um pouco no papelzinho e foi, sentindo o conhecido cheiro.
E lembrou, sentiu, reviveu alguns momentos...
Para ela não importava mais o que tinha acontecido. Ela queria lembrar com a mesma sensação que teve ao cheirar, depois de um tempo esquecido, aquele perfume. E nada a mais, nada a menos.
E lembrou, sentiu, reviveu alguns momentos...
Para ela não importava mais o que tinha acontecido. Ela queria lembrar com a mesma sensação que teve ao cheirar, depois de um tempo esquecido, aquele perfume. E nada a mais, nada a menos.
sábado, 14 de março de 2009
quarta-feira, 11 de março de 2009
domingo, 8 de março de 2009
Na rodoviária
-Oi moça, posso falar com você um minutinho?
(Ela para, olha pra frente, pro lado, pra frente de novo)
-Ah... pode...
-Qual seu nome?
-Laura...
-Então, senhora Laura, nós da editora xis estamos dando revistas de brinde para quem possui cartão de crédito de alguma dessas bandeiras aqui ó.
-Ah legal, eu tenho esse aqui.
-Qual dessas revistas você gostaria de receber na sua casa? Aí você leva uma delas de brinde.
-Hum, eu gosto de Bravo, moço.
-Ih, Bravo acabou... mas tem Piauí que também é super legal.
-É sim, pode ser!
-Você ainda ganha este kit aqui ó, uma Exame e qualquer uma dessas que você quiser.
(Ela demora um pouquinho mas escolhe uma daquelas que tem dicas de beleza e Guia Astrológico 2009)
-Então senhora Laura, daí a mensalidade pra você estar assinando é R$$ e se fizer com a gente agora não paga taxas, exceto a de correio, que é baratinha, R$. Ainda, se assinar agora ganha um desconto de 0,00001% e blablablablablablablablablablablablabla...............
-... então moço, vou dar uma pensadinha, qualquer coisa eu volto aqui tá? Brigada...
(E foi saindo sorridente com suas revistas e a Piauí, super legal.)
-Mas infelizmente moça, como você não vai assinar, eu não vou estar podendo te dar esses brindes...
-... (cara de tacho da senhora Laura) Ah, tá bom então...
(E foi embora, do jeito que antes ia.)
(Ela para, olha pra frente, pro lado, pra frente de novo)
-Ah... pode...
-Qual seu nome?
-Laura...
-Então, senhora Laura, nós da editora xis estamos dando revistas de brinde para quem possui cartão de crédito de alguma dessas bandeiras aqui ó.
-Ah legal, eu tenho esse aqui.
-Qual dessas revistas você gostaria de receber na sua casa? Aí você leva uma delas de brinde.
-Hum, eu gosto de Bravo, moço.
-Ih, Bravo acabou... mas tem Piauí que também é super legal.
-É sim, pode ser!
-Você ainda ganha este kit aqui ó, uma Exame e qualquer uma dessas que você quiser.
(Ela demora um pouquinho mas escolhe uma daquelas que tem dicas de beleza e Guia Astrológico 2009)
-Então senhora Laura, daí a mensalidade pra você estar assinando é R$$ e se fizer com a gente agora não paga taxas, exceto a de correio, que é baratinha, R$. Ainda, se assinar agora ganha um desconto de 0,00001% e blablablablablablablablablablablablabla...............
-... então moço, vou dar uma pensadinha, qualquer coisa eu volto aqui tá? Brigada...
(E foi saindo sorridente com suas revistas e a Piauí, super legal.)
-Mas infelizmente moça, como você não vai assinar, eu não vou estar podendo te dar esses brindes...
-... (cara de tacho da senhora Laura) Ah, tá bom então...
(E foi embora, do jeito que antes ia.)
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Ela está um turbilhão por dentro...
E começa uma vida nova.
Mas ainda nem se deu conta disso...
Apenas continua assim, dojeitoqueelaé, e vai sentindo, sem pensar muito.
Queria levar junto com ela todo mundo que gosta. Assim, um pensamento infantil mesmo, bem grandão... colocar todos numa mala gigante e levá-los para compartilhar cada pedacinho de alegria e emoções que ela está passando...
e fim.
Mas ainda nem se deu conta disso...
Apenas continua assim, dojeitoqueelaé, e vai sentindo, sem pensar muito.
Queria levar junto com ela todo mundo que gosta. Assim, um pensamento infantil mesmo, bem grandão... colocar todos numa mala gigante e levá-los para compartilhar cada pedacinho de alegria e emoções que ela está passando...
e fim.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
sobre a Saudade
A saudade, para mim, tem várias caras. Uma delas é bastante má, olha para mim como se eu fosse um nada e não existisse. Me ignora, assim, sem mais nem menos. E eu não, continuo lá a senti-la, essa saudade às vezes me toma por dentro e não há nada, nada que eu faça que possa suprir esse sentimento tão mal-criado que chega arrasando, sem pedir licença. Não são fotos nem filmes, escritos ou memórias... a saudade insiste em ficar, em doer, incomodar...
Mas há ainda as saudades boas. Essas são mais boazinhas, porque eu sei que um dia há de se matá-las. E essas sim, podem até satisfazerem-se com fotos, porque o que paira sobre elas não é o sentimento agudo... é o conforto, o alívio de saber que um dia essas saudades vão embora... não incomodam tanto.
Clarice Lispector escreveu o que traduz em muito uma das facetas das minhas saudades. “Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.”
E então o amor passa a ser uma junção de tantos sentimentos disconexos entre si que, para mim, se mostram tão interdependentes, elaborando o estado de espírito mais sublime do ser... Do ser, eu digo, do existir, do viver. E não dá pra viver sem amor, e quando eu digo amor, não se restringe a uma pessoa (ou várias) mas eu falo do dia-a-dia, do simples fatode você viver amando, amarrar seus sapatos amando, beber café amando, enfim. É assim que eu tento viver. Amando.
Mas eu falava sobre saudades. E eu queria falar também sobre "essa saudade que eu sinto de tudo que eu ainda não vi", como o Renato Russo... e falar também da saudade que a gente tem da infância-essa saudade que vem com cheiros e até mesmo gosto, eu acho isso simplesmente lindo-... falar também daquela saudade em que não dá para "comer a presença", porque a pessoa não se encontra mais aqui-e, eu diria, essa é a saudade do tipo "má"-... são tantas, tantas, mas enfim, estou ficando muito saudosa, vou parar por aqui.
Mas há ainda as saudades boas. Essas são mais boazinhas, porque eu sei que um dia há de se matá-las. E essas sim, podem até satisfazerem-se com fotos, porque o que paira sobre elas não é o sentimento agudo... é o conforto, o alívio de saber que um dia essas saudades vão embora... não incomodam tanto.
Clarice Lispector escreveu o que traduz em muito uma das facetas das minhas saudades. “Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.”
E então o amor passa a ser uma junção de tantos sentimentos disconexos entre si que, para mim, se mostram tão interdependentes, elaborando o estado de espírito mais sublime do ser... Do ser, eu digo, do existir, do viver. E não dá pra viver sem amor, e quando eu digo amor, não se restringe a uma pessoa (ou várias) mas eu falo do dia-a-dia, do simples fatode você viver amando, amarrar seus sapatos amando, beber café amando, enfim. É assim que eu tento viver. Amando.
Mas eu falava sobre saudades. E eu queria falar também sobre "essa saudade que eu sinto de tudo que eu ainda não vi", como o Renato Russo... e falar também da saudade que a gente tem da infância-essa saudade que vem com cheiros e até mesmo gosto, eu acho isso simplesmente lindo-... falar também daquela saudade em que não dá para "comer a presença", porque a pessoa não se encontra mais aqui-e, eu diria, essa é a saudade do tipo "má"-... são tantas, tantas, mas enfim, estou ficando muito saudosa, vou parar por aqui.
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