segunda-feira, 4 de maio de 2009

Um repente,

a menina abriu a boca e disse "Mãe", bem baixinho. E foi como se aquela palavra estivesse ali guardada há tanto, saiu tão arrastada e presa, distante. Junto saíram-lhe as lágrimas, primeiro pouco a pouco, depois aos montes, ela não segurou, deixou que o choro viesse e tomasse conta de si. Chorou que nem a criança que era quando dizia mamãe e essas palavras saíam como vento de sua boca. E se perguntou porque deixara seus sentimentos tão afundados e escondidos nos seus cantos longínquos, uma saída talvez, uma defesa. O que resultou a ela uma memória descabida, tão protegida que nem ela mesma consegue acessar. E como ainda é difícil pra ela escrever e dizer sobre tanto, e assim ela vê e não entende como pode caber tanta timidez numa só pessoa.

E resta também a saudade...

3 comentários:

mateus disse...

Lembrei deste texto que fiz há algum tempo:

Existem pessoas que nos são tão essenciais.
E a gente não se toca.
Retoca!
Então sentimos saudades.
(Algumas pessoas, Mateus Rosa)

fla disse...

o menina....
se pudesse....ai estaria
se pudesse um grande abraço te daria....
se pudesse...com vc tambem choraria
saudades tambem, muitas

Daisy Serena disse...

triste....e doce,dulcíssimo!!

um abraço bem forte!!!!!!