sábado, 19 de setembro de 2009

Na tesoura

Ela é cheia de manias.
Uma delas é que, quando corta o cabelo, pensa em renovar. Parece que tudo é cortado junto com seus cabelos, algumas partes aparadas, outras caem no chão mesmo, para serem varridas.
E é só.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Só para

a noite não ficar tão melancólica como ela está

KT Tunstall

Hoje lembrou de que se perdeu

Eu não sei quando, nem como, mas houve algum momento da minha vida em que eu me perdi de mim. Ou então, talvez eu já fosse perdida, o fato é que só me dei conta disso algum tempo atrás. E desde esse tempo até hoje, não encontrei mais do que vestigíos. Talvez tenha encontrado bastante algo que se parecia, que me lembrava apenas. E insistia - ainda insisto - nesse algo, tento parecer, mas sei que ainda não sou eu. O meu problema é justamente essa insistência. Tento aceitar esse "outro" mas acabo de certa forma me apagando e minha busca se torna cada vez mais distante. Isso quando não me perco ainda mais. Até que se dá o momento em que todo esse processo - inconsciente - vai tomando um peso gigantesco e, então, com toda essa forma e volume me ataca, cai em cima de mim como uma sacola pesada. E aí fico, entre carregar a sacola, largar no chão, abrir e escolher o que me resta, deixar de lado o que nunca me pertenceu. O que nunca me foi. E descobrir, então, o que dessa mistura é de fato eu. Se não há nada meu, retoma-se a busca, de novo inconsciente. E é meio nesse ciclo que eu me inseri, seja consciente ou não, de onde estou tentando sair com todas as forças (será mesmo?).

terça-feira, 15 de setembro de 2009

A saudade vai dando um nó.

E hoje ela está toda cheia de nós.

domingo, 13 de setembro de 2009

"Eu te vejo do jeito que você realmente é,

mas não me vejo do jeito como realmente sou." Foi o que um amigo me disse, enquanto tinhamos uma conversa-sem-fim. Ele se referia à imagem que vê no espelho, aquela que reflete o nosso contrário, o nosso lado oposto, invertido. Fiquei pensando... como posso ser tão íntima de mim mesma, como pode ser essa integração corpo-alma-mente, se nem ao menos me sei completamente? Se não me vejo, enfim, "do jeito que realmente sou?" ; como ele pode saber mais sobre mim, como eu posso saber mais sobre ele, se nós não sabemos de nós mesmos?
Isso tudo me dá um sentimento um pouco fora do comum. Parece criar um certo distanciamento comigo mesma, e me tomam sentimentos incansavelmente conflitantes. Afinal, já não sei quem sou e o que sou, na questão mais íntima do conflito. Agora, já não sei também como sou externamente. Meu amigo sabe, mas eu não. Só sei como sou ao contrário. Sei como o espelho me mostra.
Pode até parece fútil toda essa preocupação. Mas o que me intriga e, na verdade, também me assusta, são essas peculiaridades e sutilezas da vida que estão aí e a gente não vê, que adentram nos espelhos, que estão no ar e que nós só atropelamos com a rotina do nosso dia-a-dia.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Algumas coisas

Algmas csioas não fzem a mnor dfrença.

ela não quer mais se sentir uma letrinha faltando.

Será que é arquitetura mesmo?

Ai, que confusão de sentimentos.
De pensamentos.
Dá vontade de morder e tirar pedaço. Ah, dói? Que bom, você ainda sente então.
Não quero mais ser adepta do "penso, logo existo".
Anda me fazendo não muito bem...

Ela, ela, ela.

Não sei muito bem explicar o porquê. Não é muito definido o motivo de escrever na terceira pessoa, talvez porque não goste de reler o que escreve (esse é um motivo forte), além, é claro, da timidez que a acompanha desde sempre mas a qual vem tentando dominar através de seus escritos. Já escreveu em primeira pessoa, tentou sim. Mas releu... não dá certo. Pode até se achar (e acharem-na) um pouco irritante ao escrever assim, talvez mesmo infantil, ou sei lá. Mas o fato é, sente-se melhor assim. Pelo menos por enquanto. Até porque, em muito do que escreve mistura outras realidades, outros tempos... ela pode também ser outros, ser coisa. Se vê multifacetada assim. Mais liberta de si mesma. Afinal, o que ela mais busca ultimamente é conhecer a si própria, e esse talvez seja um meio de se olhar de longe, estando perto. Se ver de fora, estando dentro. Mas ela não está dentro!! Está tão fora de si! Literalmente. Então, acho que caí em contradição. Está vendo? São tantos os "pensares" que ela já nem dá mais conta deles. Eu nem me dou conta deles.. de mim.. sei lá.