domingo, 23 de outubro de 2011

Na varanda, à noite

gosto de ver a vida acontecendo nas janelinhas dos prédios.

e as luzes da cidade lá longe, dançando para quem quiser ver...

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Detalhadamente: Apaixone-se

Os detalhes, por mais que sejam detalhes, não devem ser esquecidos. Não, essa frase não está correta. Os detalhes, por serem detalhes, não devem ser esquecidos. Não devem ser omitidos, passados para trás por conta de atraso ou desaviso. Os detalhes estão aí para serem tocados, nota por nota, compondo o acorde final. Eles estão aí para o céu mudar de cor. Estão aí para que você perceba quanta coisa boa está ao seu redor.
Os detalhes estão aí para você se apaixonar por eles e deixar com que se apaixonem por você.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Mas afinal,

Entra em pânico quando se depara com essa pergunta. Ou melhor, quando esperam que ela a responda. É de se espantar? Ela não tem sonho. Ela mesma já se espantara, quando afinal descobriu que não tinha sonho. Sentiu-se vazia, sem sentido. Que rumo tomar? É assim então que as pessoas vivem? Batalhando por um sonho? Então ela se perguntou o que seria um sonho. E foi assim que ela percebeu que não tinha sonho, uma vez que para ela, se pelo sonho se batalha uma vida inteira, ele deve então ser algo grandioso, magnífico no sentido pleno da palavra. Esforçando-se para descobrir a plenitude que daria, portanto, um rumo à sua vida, chocou-se com a parede oca onde, ela acha, deveria haver um sonho. Mas não há. Não há Sonho.
Desde então ela tenta proporcionar-se pequenos sonhos, assim mesmo, sonhinhos. Sonhinhos os quais são, talvez, íntimos para se expor assim, porém não grandiosos para serem razão de uma batalha de vida. Sonhinhos que, quando juntos, ainda não respondem à estrondosa pergunta: "Qual é o seu sonho"?
Começou a estabelecer algumas metas, pequenas coisas, ações diárias, que pudessem ajudar na busca do tal Sonho, o sonhão. Mas e este sooonhoo, poderia mudar de uma hora pra outra? Poderia batalhar por um Sonho um dia, e talvez noutro dia arrumar um outro Sonho pra sonhar?
Mas isso seria trair o sonho. Deixar ele de lado talvez? Confundir-se ainda mais.
Quanto às metas, não funcionou muito bem. Ela nunca fora boa com metas, um grande defeito, problemão para a vida de pessoas crescidas. Porque quando se é criança, se as metas não são atingidas, ainda há um tempo para recuperar, aprender, educar. Quando se é criança, a responsabilidade tem uns quilos a menos.
Hoje ela já é uma pessoa crescida, não consegue lidar muito bem com metas e não tem Sonho. Mas tem sonhinhos com os quais gosta de conviver, de sonhar e tentar realizar. Já pensou mesmo que seu Sonho pode ser simplesmente viver sem olhar tanto à frente assim. Sabe que com isso pode tropeçar, cair de cara no chão, perder-se. Mas por enquanto, enquanto o Sonho não vem, ela vai pescando a vida e achando a graça das pequenas realizações.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

um tanto de tanto

Metade dela está quebrada, sem conserto.
Talvez não chegue a ser metade, mas um bom tanto.
O outro tanto busca juntar os pedacinhos com outros tantos pedacinhos que ela encontra por aí. Assim mesmo, para remendar, construir, refazer. Mas não consertar.

Cadê o tanto que sobra pra renovar?

Ela anda um pouco sem forças...

sábado, 18 de dezembro de 2010

Ultimamente

tenho optado pelo vício do fácil. Aquela cômoda inércia do mesmo, do repetitivo, do hábito doente - é, nada saudável. Eu, que vivo em movimento para mudanças - mesmo que muitas vezes só no nível do pensamento -, não movo uma palha sequer para desatar-me dos meus velhos nós. E põe velhos nisso, apesar dos meus vinte (ou vinte e um) anos novos. Mesmo que inconsciente, esse imã que me prega ao meu lugar-comum tem sempre rumo certo e hora marcada. Assim, me vejo voando, magnetizada, dando olá para meus velhos hábitos. Chego e saio reclamando, óbvio. Não sei dizer qual é o maior pesar: chegar ao meu escasso e já decorado repertório de ações ou sair de tudo isso com o peso da minha plena consciência, a qual já existia e tentava me dizer que aquilo não era o certo. De um jeito ou de outro, todo esse processo - que fique bem claro, o processo: retomar hábitos repetitivos, permanecer na inércia, cair no mesmo erro, enfim - todo esse processo me desgasta. Sempre me desgastou, essa é a verdade. Não importa se já obtive sucesso em algumas realizações à essa maneira, isso tudo me incomodou desde o princípio. Diante disso, talvez surja o questionamento 'então porque, porque você não muda?' que eu mesma faço, eu mesma respondo. E te digo. E me digo. 'Não sei'. Afinal, essa é uma resposta cômoda. Mas se eu fosse analisar mesmo porque de fato eu não me mexo para mudar, que na verdade pode ser um pouco do que estou tentando fazer agora, iria na verdade me perder nesse mundaréu (mundaréu é uma dessas palavras engraçadinhas e toscas que a gente às vezes se depara, assim como 'furdúncio' ou 'pandemônio') de palavras. (pandemônio de palavras me soa bem, também). como estou fazendo agora, aliás. O que me deixa um pouco aflita é pensar que, mesmo eu expondo o ridículo dessa minha situação de modo assim tão, hum, exposto, continuarei a agir com meus mesmos modos. Pensarei com meus velhos hábitos. E me desgastarei. Porque essa não é a primeira vez em que me coloco em xeque com essa minha lesmice de ação. Tampouco será a última. Estou até com sono de mim, às vezes tenho sono de mim. Preciso de um pouco de vergonha na cara, será que é isso? Vergonha já tenho tanta... Preciso trabalhar com metas, afinal sou um número 9 (ler sobre Eneagramas. interessante). Isso já tentei. Funciona, até, mas mesmo minhas metas caem no meu senso comum. Elas se tornam metas genéricas, poderia escrevê-las em 'post-its' e grudá-las conforme quisesse em minha agenda, dependendo da tarefa e do dia (, sim, já fiz isso). E talvez deixar de lado essa minha ânsia por analisar, reparar, descrever tudo o que me acontece e o que está a minha volta. Descansar a mente e partir para a ação. Como sempre, como sempre.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Um presente

que compartilho:

Letuce - De mão dada

o que ela gosta em 5, 4, 3, 2, 1

banana com aveia e canela
mamão com aveia
música no piano
acordeon
nariz grande
filmes franceses
filmes espanhóis
língua espanhola
caqui
sol às 5 da tarde
a cor do seu cabelo às 5h da tarde
piercing no nariz
altura
meias nos pés
danoninho
yakult
quando dizem "bonjour"
chá de frutas vermelhas
cerveja Quilmes
cheiro de bolo de laranja
coisas inesperadas

pensou demais