sábado, 26 de dezembro de 2009

Acordemos

Resolvendo repassar o ano que passou escorrendo feito água os seus dias.
não deu certo escrever. Não consegui resumir os meus quase 365 dias assim. Exigente como sou, aflita como sou, não passava do segundo parágrafo, não está bom, não está bom, que vazio!

É por isso que vou dizer, resumidamente, mas sem desmerecer a vastidão desses tantos dias e meses que passaram - digo de novo - tão rápido para mim.
Cheio, foi o meu ano. Um presentão. Mas um "cheio" que acolhe tanto: mudanças, novidades, descontroles, exigências, amizades, amores, enfim paro por aqui, para não parecerem apenas palavras vazias.

Foram pessoas incríveis que conheci. Amigos que não largo nunca mais. E os "velhos" amigos, maiores os laços, mesmo com toda a distância. E pessoas também que simplesmente passaram pela minha vida ao longo desse ano, que talvez nem imaginam o que se tornaram para mim. E foram também amores, desamores, chorei, aprendi. Mas, teimosa que sou, não desisto de amar a meu modo. Ao amor, nada se tem que ensinar, o que me basta é vivê-lo.

E foram mudanças que não pararam mais. Mudou-se a casa, a rotina, a paisagem. Pegar estrada se tornou constante. Para ver a família, os amigos. A nova família. Maior, queridos, felizes.

E passei o ano assim. Talvez o meu texto curto não lhes diga nada, mas para mim foi precioso relembrar tanto. Vejo, que menina boba, atropelei tanta coisa, com meu jeito tão exigente comigo mesma... procurando, desde que me dei conta dos dois, equilibrar corpo e mente, mas sempre me perdendo ali no meio, não sei porquê, o que me impede. Desperdicei muito nesse ano... me vejo tanto em contradição, querendo sempre estar ali, viver e sentir tudo, mas ao mesmo tempo deixo passar tanto, tanto...

Só tenho a agradecer por tudo em 2009. Mas estou ansiosa para fazer mais em 2010, que seja pelos outros, por mim. E é por isso que gosto tanto do Ano Novo. É, para mim, uma chance de renovar-se, repensar-se. Quase vinte 'reveillons' depois, fico sabendo por acaso que "Reveillon", em francês, significa "acordemos". Para mim, não poderia ser uma tradução mais justa e bela.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Esses dias lendo Roberto Freire

"Na vida você tem de aparentar muita incoerência pra poder viver todos os seus lados.(...)
E assim vivo muitas experiências, amo de mil maneiras mil pessoas, e sigo o que a Natureza me impõe. Sem entrar em um modelo, obedecer a padrões. Estou vivendo meus impulsos, minhas funções vitais que às vezes coincidem com as gerais e institucionalizadas, com as que foram classificadas; outras vezes, a maior parte das vezes, não, pareço maluco..." Roberto Freire
"Alguns relacionamentos servem como ponte... e você estará sempre aprendendo com eles". Foi o que uma amiga me disse, uma vez.

no momento, tenho minhas dúvidas. é uma ponte bem capenga que se formou por aqui, então.